Uma ideia teve seu pontapé inicial, quando a Justiça exigiu o cadastro único e automatizado dos eleitores. O que evitaria fraudes, pois antes não havia registro do eleitorado. Na época, o país tinha cerca de 70 milhões de eleitores. A partir daí, criou-se uma comissão dentro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para trabalhar na programação da urna. O grupo era composto por três engenheiros do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um do Exército, um da Aeronáutica (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial – DCTA), um da Marinha e um do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
Depois de 63 anos já prevista no código Eleitoral, finalmente o projeto da urna eletrônica foi concluído. O primeiro modelo combinava tela, teclado e cpu em uma só máquina, sendo que o teclado era de membrana e só mais tarde seria substituído pelo de relevo.
Sua primeira utilização no Brasil se deu nas eleições municipais, quando 57 cidades utilizaram as urnas. Os eleitores já tinham a opçaõ de um botão para votar em branco, porém, para votar nulo tinham que digitar números aleatórios que não fossem de candidatos, pois ainda não tinha sido implementado um botão para essa função.
Neste ano, as urnas eletrônicas foram utilizadas em todas as cidades brasileiras pela primeira vez. Uma curiosidade é que nesse novo sistema tinha um suporte para deficientes auditivos.
o TSE iniciou um projeto piloto que utilizava o sistema biométrico
de identificação dos eleitores. O sistema identifica as impressões
digitais de cada um, o que afastaria a possibilidade de fraude
durante a votação. Giuseppe Janino (secretário de tecnologia do
TSE, na época) citou que com a biometria o própio eleitor iria
liberar seu acesso a urna.
"Não há duas digitais iguais no mundo. Esse é um dispositivo
altamente preciso e confiável para a identidade do cidadão,
tornando qualquer tipo de documento de identificação secundário",
afirmou ainda Janino.
Nesse ano, a urna eletrônica começou a receber upgrades para se modernizar, com destaque para seu design, que vem sofrendo alterações aos poucos.
Mesmo com toda essa evolução da urna eletrônica e do sistema de
votação no Brasil, ainda podemos esperar por mais avanços
tecnológicos. Um desses avanços esperados é as votações online.
O TSE já realizou testes com 31 empresas para simulações de
votações pela internet, com celulares, tablets e computadores.
Quem apresentou a iniciativa foi o ex-presidente do Tribunal
Superior Eleitoral e atual ministro do Supremo Tribunal Federal
Luís Roberto Barroso. O objetivo era buscar uma alternativa mais
barata à urna eletrônica.
No entanto esta ideia terá que enfrentar muitos desafios para
poder se tornar uma realidade, dentre eles, o principal será as
polêmicas de segurança.
Chegamos ao fim da História, espero que tenha aprendido muito com
todos esses fatos históricos!
:)